sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Família - Valores eternos...


Quando eu resolvi esse blog, sempre tive como idéia falar sobre minha imensa paixão pela gastronomia e o amor pela Amazônia.

Hoje, não vou falar de receitas e experiências desse pedaço tão grande do nosso país, vou falar do que move tudo e que me da verdadeira “estrutura” para continuar com tudo.

Ontem, quinta-feira dia 26/08/10 eu perdi meu querido avô, (a matéria abaixo fala sobre ele). Eu sempré disse aos quatro cantos que eu era muito privilegiado de ter meus quatro avós vivos, isso sempre me encheu de orgulho. O seu Seno Schaedler era um cara forte que vai me deixar muitas saudades, com seus 84 anos de vida era sempre uma alegria reencontrá-lo. Nós brincávamos e para ele me provar que ainda estava forte ele fazia questão de me dar um abraço apertado e me levantar do chão (sim, ele aguentava meus 80 e poucos quilos)

Ele se foi, deixou um buraco imenso no peito de toda a família.deixou saudade por ser uma pessoa, muito certa, querida e com bons princípios. É verdade dizer que ele foi o exemplo de força para toda a família e que em horas difíceis, do seu jeito, as vezes grosseiro, ele sempre tinha algumas palavras para confortar quem quer que fosse.

Descendente de alemão, sempre trabalho muito com lavoura, pai de 6 filhos e ainda casado com minha avô era um cara de bom coração. O que guardei dele foram boas risadas que demos juntos e ele sempre sorrindo. Ele soube ser pai, avô e uma pessoa querida. E Deus ainda foi tão generoso comigo que fez eu escrever a última matéria desse blog como homenagem a ele, ele viu a matéria e deu risadas.

Vou guardar no meu peito, aquele abraço apertado que literalmente me tirava do chão e me fazia sempre sorrir. As eternas palavras dele “não te entrega” vou levar sempre comigo para onde for.

Querido vô, essa é uma pequena homenagem a tudo que você sempre foi e representou na minha vida, vou sempre guardar você com orgulho em meu coração, ser seu neto e aprender com você foi um grande privilegio.

Que você esteja com Deus,

Amo você.

Felipe.

domingo, 1 de agosto de 2010

Mandioca, Macaxeira, Aipim...


Meu avô (ao meio da foto)com a Mandioca.


Essa semana eu recebi uma foto muito saudosa e que me fez criar essa matéria para meu blog. Vou falar hoje da mandioca, um alimento milenar e muitíssimo saboroso usado em todo o Brasil com receitas quase que infinitas.

Mas antes, vou falar um pouco o que me levou a escrever sobre a Mandioca. Essa semana um tio meu, o Mauro, me enviou uma foto de meu avô em sua chácara lá em Maravilha -SC (minha amada cidade natal) com uma mandioca imensa. É quase hilária mas é verdadeira, e já que em cidade pequena tudo vira noticia, logo, meu avô foi paras as colunas do “Novo Oeste” (jornal local ) com sua mandioca imensa. Hehe

Descascando a Mandioca. Ver-o-peso - Belém


Quando eu ainda morava em Maravilha eu conhecia a mandioca em alguns pratos feitos por mãe ou avós, mas nunca imaginei em tanta versatilidade deste adorável tubérculo. A revolução veio dos índios que aprenderam a fazer da mandioca um alimento muito saboroso e que se pode aproveitar tudo! TUDO mesmo.

Em alguns lugares do Brasil a Mandioca é conhecida por aipim ou macaxeira.

O fantástico mundo culinário da mandioca:

Existem diversas variedades da planta, que se dividem em mandioca-doce e mandioca-brava (ou mandioca-amarga), de acordo com a presença de ácido cianídrico (que é venenosose não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol) As variações não se restringem apenas à quantidade de ácido cianídrico. Variam também as cores das partes de folhas, caules e raíz, bem como sua forma.


Farinha de mandioca

A raiz tuberosa da mandioca é consumida na forma de farinhas, da qual se faz a farinha de mandioca e tapioca ou, em pedaços cozidos ou fritos. Está presente também no preparo de receitas típicas da Amazônia como o tacacá, o molho de tucupí e com suas folhas cozidas prepara-se a maniçoba.
ela também se faz outra farinha o polvilho (fécula de mandioca), doce ou azedo, que serve para a preparação de diversas comidas típicas como, o pão de queijo.


Maniçoba

A maniçoba, também conhecida como feijoada paraense, é um dos pratos da culinária brasileira, de origem indígena. O seu preparo é feito com as folhas da maniva/mandioca moídas e cozidas, por aproximadamente uma semana (para que se retire da planta o acido cianídrico, que é venenoso), acrescida de carne de porco, carne bovina e outros ingredientes defumados e salgados. Essa receita demora cerca de 7 dias para ficar pronta, com um sabor único e cor verde escuro, quando mais cozido e mais gordura o sabor fica melhor.


Tucupi

Tucupi é um tempero e molho de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, que é descascada, ralada e espremida Depois de extraído, o molho "descansa" para que o amido (goma) se separe do líquido (tucupi). Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líquido é cozido (processo que elimina o veneno), por horas, podendo, então, ser usado como molho na culinária.

É muito presente na mesa dos brasileiros na região amazônica. Pato no tucupi é um prato muito apreciado. O pato é previamente assado e após destrinchado é levado a uma fervura leve num molho de tucupi, pimenta de cheiro, cheiro verde, alfavaca e jambu